Moedas Digitais na Empresa: Oportunidades, Benefícios e Cuidados Essenciais para uma Gestão Segura
As moedas digitais estão deixando de ser um conceito futurista para se tornarem realidade no presente das empresas brasileiras. O que antes era exclusividade de investidores e entusiastas da tecnologia agora já faz parte da rotina de pequenas, médias e grandes empresas, que utilizam criptoativos como forma de pagamento, investimento ou até mesmo reserva de valor.
Mas afinal, vale a pena usar moedas digitais no seu negócio? Quais são as vantagens e os riscos envolvidos? Neste artigo, vamos explorar esse universo com profundidade, para que você entenda os pontos positivos, as armadilhas e as melhores práticas contábeis para lidar com criptoativos dentro da empresa.
Vantagens do uso de moedas digitais na empresa
1. Redução de taxas bancárias e intermediários
Ao utilizar criptomoedas para pagamentos, sua empresa pode economizar com taxas de bancos e operadoras de cartão. As transações entre carteiras digitais ocorrem diretamente entre as partes, com custos significativamente menores.
2. Transações internacionais facilitadas
Empresas que compram ou vendem produtos no exterior encontram nas criptos uma alternativa prática e rápida para fazer transferências internacionais, evitando taxas elevadas de câmbio e demora nas compensações bancárias.
3. Acesso a novos investimentos
Investir parte do caixa em criptoativos como Bitcoin ou Ethereum pode ser uma forma de diversificação financeira, buscando rentabilidade em um mercado promissor — desde que com cautela e assessoria especializada.
4. Inovação e imagem moderna
Empresas que adotam tecnologias emergentes, como moedas digitais, transmitem uma imagem inovadora e conectada com o futuro, o que pode ser um diferencial competitivo.
Riscos do uso de moedas digitais na empresa
1. Volatilidade dos ativos
O preço das criptomoedas pode variar drasticamente em pouco tempo. Um valor recebido hoje pode se desvalorizar amanhã, comprometendo o fluxo de caixa ou a lucratividade da empresa.
2. Riscos de segurança
Sem os cuidados certos, carteiras digitais podem ser alvo de golpes ou ataques virtuais. O uso de carteiras seguras, autenticação de dois fatores e backups confiáveis é indispensável.
3. Desconhecimento contábil e fiscal
A legislação brasileira sobre criptoativos ainda está se consolidando. Muitos empresários cometem erros por não registrar corretamente essas operações, o que pode resultar em multas, autuações e inconsistência nas demonstrações contábeis.
4. Falta de liquidez
Nem todas as criptomoedas têm facilidade de conversão rápida para real, o que pode gerar dificuldades em momentos de necessidade urgente de capital.
Como a contabilidade deve tratar os criptoativos?
A Receita Federal já reconhece os criptoativos como ativos financeiros.
Eles devem ser:
- Registrados no balanço como ativos intangíveis ou financeiros (dependendo da operação);
- Declarados em operações superiores a R$ 30 mil, conforme a Instrução Normativa nº 1.888/2019;
- Acompanhados de conciliação contábil, comprovando saldos e movimentações em carteira.
Dica da contadora Ana Caroline:
“O uso de moedas digitais nas empresas pode trazer economia, agilidade e inovação, mas também exige conhecimento técnico, controle contábil e atenção com a segurança. A chave para aproveitar o potencial das moedas digitais na empresa é manter tudo documentado e registrado corretamente. Com orientação contábil especializada, os riscos diminuem e os benefícios aumentam. “
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